25 de set. de 2009

ANTES e DEPOIS DA BARIÁTRICA

Pois então... 17,5 kg OFF


23 de set. de 2009

PLANOS DE SAÚDE x CIRURGIA DA OBESIDADE

Muita gente andou me perguntando sobre as cirurgias realizadas por liminares. O que eu posso dizer é que os planos de saúde, e mesmo o SUS vêm fazendo pouco caso ao tratar da obesidade. Muitas vezes argumentam que não é dever deles o pagamento da cirurgia pelo fato de o plano de saúde ser anterior à Lei dos Planos de Saúde, outras vezes argumentam que o contrato não lhes obriga a tratamentos para situações estéticas, dizem ainda que não liberam o procedimento através da videolaparoscopia, ou simplesmente custam meses e mais meses para liberar o procedimento.

Em qualquer uma destas situações, eu, como estudiosa em Direito à Saúde, lhes garanto: a justiça tem estado do nosso lado! Temos um arsenal de ordenamentos jurídicos que nos protegem: é o Código de Defesa do Consumidor, a Lei dos Planos de Saúde, a Constituição Federal, o Código de Ética Médica, e aqui eu poderia citar vários outros ordenamentos.

Mas o que eu posso dizer é que se você realmente quer tratar a obesidade mórbida através da cirurgia bariátrica você pode! Basta você querer, e estar disposto a sujeitar-se ao tratamento longo do pré e pós-operatório.

Aqui vão algumas dicas sobre os contratos:

1º verifique se na cláusula que refere-se aos procedimentos hospitalares cobertos, consta ou não o procedimento eleito (neste caso, a cirurgia da obesidade): constando, a operadora não poderá negar o procedimento.

2º verifique se, na cláusula que trata das exclusões, contém a exclusão da cirurgia da obesidade, confira também se constam excluídos os procedimentos realizados por videolaparoscopia. Havendo exclusão, de fato, a operadora não tem a obrigação contratual de cobrir o tratamento. No entanto, ao meu ponto de vista, em razão de a obesidade ser uma doença reconhecida pela ANS, deverá receber tratamento, mesmo que cirúrgico das operadoras de plano de saúde.

3º Confira o valor da cirurgia, este valor deve ser documentado, através de orçamento, e, se você está em uma região em que a cirurgia sai por até R$5.500,00, você poderá juntar todos os documentos com assinados pelos médicos que lhe assistiram cópia do contrato, especialmente das páginas que tratam das cláusulas acima mencionadas e entrar pessoalmente nas pequenas causa. Nesta única situação, você poderá entrar com o processo, sem estar assistida por advogado. Mas é importante você pedir um pedido chamado liminar.

Mas, se o procedimento orçado for superior àquele valor, aconselho que você procure um bom advogado que entenda deste assunto, para que você possa dar andamento em sua cirurgia. Nestes casos, a justiça tem sido bem ágil em liberar a cirurgia.

Se você tiver alguma dúvida, por favor, contate-me: cintia.kml@gmail.com ou (51) 9966.1211

DEIXANDO A OBESOSFERA

Já ouviu falar em dieta da lua? e da sopa? da proteína? é, até que esta da proteína era boa: dava para comer carne, ovo, maionese, e o melhor: quanto mais se come, mais se emagrece! Eu particularmente já fiz a dieta encabeçada pelo Dr. Atkins, e o resultado é surpreendente: durante a dieta, uns 15kg off, e agora: uns 50kg acima do meu peso estimado!

Você por acaso se identificou com esta situação? Então certamente você também tem o seu guarda-roupas repleto de roupas que ainda não lhe servem... você já deve ter comprado aquela blusa da cor de burro quando foge, porque a cor da moda só tinha até o tamanho G. Provavelmente já xingou a máquina de secar roupas por ela estar encolhendo suas roupas. É possível que você já tenha tido um furo nas suas calças bem na altura do bumbum (eu ando com agulha e linha na bolsa), ou ainda, já deixou de ir a alguma festa com a desculpa de não ter roupa, mas quando na verdade o que você queria era não se expor.

Bom, se você se familiarizou com as situações, cumpre a mim lhe dizer: você já conhece a Obesosfera. A gente ri de situações, brinca, mas na verdade, o que a gente quer mesmo é poder esquecer o lado triste, tentando amenizar o nosso sofrimento.

Eu não acredito que exista um obeso mórbido que verdadeiramente se goste obeso mórbido: é falta de ar, dor nas pernas, dor nas costas, cansaço, às vezes diabetes, hipertensão... Aliás, eu também não gosto daquela frase pronta: “O Fulaninho só é gordo porque quer... é só ele querer e ele emagrece!”

Parando para pensar, para mim, viver na Obesosfera é como viver em uma ditadura. Tudo é proibido, e as regras são várias: café da manhã, lanche, almoço, lanches da tarde, jantar e ceia, além dos exercícios, tudo rigorosamente controlado, sob pena de engordar cada vez mais.

Acontece que o que hoje tem se noticiado muito na Obesosfera é uma debandada maciça deste regime ditatorial: hoje já se pode falar em uma espécie de asilo político perpétuo (ou parcialmente perpétuo). É claro que não se trata de nenhuma medida mágica e instantânea, mas de uma medida que já vem dando resultados encorajadores.

Estou falando aqui de uma técnica ainda muito jovem, mas que tem acabado com o sofrimento de muitas pessoas. Trata-se da cirurgia bariátrica ou gastroplastia, que consiste basicamente na redução da capacidade do estômago e na redução no comprimento do intestino. A sistemática é bastante simples, reduzindo-se a capacidade do estômago, a ingestão de alimentos é também significativamente menor, e, associado à redução do intestino, a absorção dos agentes engordativos dos alimentos torna-se muito menor, em face à redução.

Como visto, cientificamente, o passaporte ao asilo político está ficando cada vez mais ao nosso alcance. No entanto, estamos vivendo diante de uma guerra civil a favor dos exilandos: os planos de saúde e Estados têm cada vez mais tentando esquivar-se de seus compromissos, mas o que importa é que são muitos os nossos aliados, e, certamente, esta Guerra já está vencida.

11 de set. de 2009

FELIZ: OUTRA LIMINAR A NOSSO FAVOR :)))))

Pois então...
Gente, estou tão feliz!!!
Consegui mais uma liminar para que mais uma do nosso time possa se operar para reduzir o estômago!!!
Já é a terceira: a primeira foi eu, quase morri chorando de felicidade. A segunda foi da Vanessa: ela se operou ontem!! Hoje foi da Cíntia Oliveira: semana que vem o convênio já deve liberar a senha para ela se operar...
Ai, ai: parece que vai ser eu quem vai se operar de novo!!!
EU AMO A MEDICINA E A JUSTIÇA!!!

SELINHO DA FABI :))))

8 de set. de 2009

MODALIDADES DE CIRURGIAS DE REDUÇÃO DO ESTÔMAGO

Quais os tipos de cirurgia?



As cirurgias levam em conta 2 princípios básicos:
•Restringir o volume de alimento, reduzindo o tamanho do estômago.
•Diminuir a capacidade do intestino absorver o alimento já ingerido, reduzindo a extensão do intestino.

Desta forma realizamos 3 tipos de cirurgia:


1-Cirurgia restritiva
A chamada banda laparoscópica que é a colocação de um anel inflável e regulável de silicone ao redor da parte inicial do estômago, diminuindo sua capacidade (causa restrição gástrica).



Nesta cirurgia não ocorre “grampeamento do estômago ou redução do intestino”, apenas a colocação de um anel de restrição, inflável e regulável. É portanto a cirurgia mais rápida, mais simples e mais facilmente reversível.
No entanto algumas considerações são importantes: a cirurgia de Banda gástrica é a que possui menor reservatório gástrico (20-25 ml) e o anel mais estreito, portanto é o procedimento que necessita maior rigor no controle do volume ingerido.
Neste procedimento não há redução do intestino, portanto a absorção é normal e por isso necessitamos controle mais rigoroso da ingesta de doces e carboidratos, que em pequenos volumes trazem muitas calorias.
Desta forma este é o procedimento que necessita de maior controle alimentar após operar, tanto no volume como no conteúdo calórico ingerido, sendo a cirurgia que tradicionalmente causa mais vômitos e leva a emagrecimento menor (50-60% do excesso de peso).
Em relação ao anel, este está sujeito a deslocamentos para cima e para baixo ou migrações para dentro do estômago, estas complicações podem ocorrer em até 15% dos casos, ocasionando em 9% dos pacientes reoperações ao longo dos anos para reposicionamento, troca da Banda, ou conversão em outra cirurgia. É portanto o procedimento que apresenta a maior quantidade de complicações, apesar de com menor gravidade.
Resumindo, a cirurgia de Banda apesar de menos agressiva, mais reversível e regulável, emagrece cerca de 30% menos, necessita de controles mais freqüentes, sendo fundamental que o paciente seja bem selecionado e se adapte a comer poucos volumes e pouco doce, caso contrário, terá vômitos freqüentes ou emagrecimento insuficiente e terá que refazer ou desfazer sua cirurgia.


2-Cirurgia disabsortiva
Reduzem substancialmente a extensão do intestino funcionalmente ativo, diminuindo drásticamente sua capacidade de absorção. O estômago apesar de parcialmente ressecado não causa restrição (ex: técnica de Scopinaro e Duodenal Switch).


Neste procedimento apesar de retirarmos uma parte do estômago, este continua grande e não causa restrição ao volume ingerido. O paciente pode comer igual ou mais do que comia antes, inclusive alimentos calóricos. E como emagrecemos?
Nesta cirurgia ocorre redução radical do intestino, ou seja a comida só terá 50 cm de intestino para absorver. Não interessa o que comemos e o volume, a comida “passa reto” e não é absorvida adequadamente, e assim emagrecemos sem parar de comer.
No entanto a comida mal digerida tem alguns inconvenientes: causa mais diarréia (estes pacientes passam a evacuar 3-5 vezes por dia), flatulência com odor fétido, perda de vitaminas que necessitam de reposição mais cuidadosa.
Desta forma na cirurgia somente disabsortiva verificamos que apesar de não termos o inconveniente da sensação de restrição gástrica, causamos maior diarréia e flatulência além de perda acentuada de nutrientes e vitaminas devido ao encurtamento drástico do intestino.
Este paciente necessita de acompanhamento médico rigoroso e pode ter complicações nutricionais mais intensas, no entanto é um bom procedimento para pacientes que possuem compulsão acentuada para comer e não vão conseguir parar após a cirurgia.

3-Cirurgia mista (restritiva e disabsortiva)
Também chamada de “bypass” que associam a redução do reservatório gástrico, cortando-o, a diminuição menos acentuada da capacidade do intestino absorver todo o alimento, causam restrição gástrica + má absorção intestinal (ex: técnicas de Capella, Fobi e Wittgrove).

Estas cirurgias procuram o meio termo entre os procedimentos anteriores.
É a cirurgia que alguns chamam de “grampear o estômago” e no Brasil é a técnica mais utilizada e conhecida como cirurgia de Capella.
O reservatório gástrico fica em torno de 50 ml, mais que o dobro da Banda, e o anel é mais largo, sendo assim o paciente vomita menos.
Neste procedimento o encurtamento do intestino é bem menos radical, causando redução da absorção porém diminuindo a incidência de flatulência, diarréia e carência de nutrientes.
Desta forma o paciente tem a sensação de saciedade precoce, como na Banda, aliada a redução da absorção intestinal.
Não é como na cirurgia disabsortiva na qual o paciente pode comer de tudo. Neste procedimento o paciente precisa colaborar, reduzindo o volume das alimentações e principalmente reduzindo a quantidade de carboidratos e as “beliscadas” durante o dia, porém o nível de exigência é menos rigoroso que no caso da Banda e o emagrecimento é superior (80-90% do excesso de peso).
Na Europa diversos cirurgiões utilizam os 3 métodos e demonstram resultados comparáveis entre a Banda e as outras, com mais simplicidade e menor risco para a primeira.
No entanto os estudos nos EUA não conseguiram obter os mesmos resultados com a Banda, os pacientes perderam menos peso, vários precisaram ser reoperados (10%) e retirar ou reposicionar o anel por alguma complicação.
Permanece nos EUA a gastroplastia com “bypass”, cirurgia mista, como a cirurgia mais utilizada na obesidade mórbida.
No Brasil têm-se utilizado todas as 3 técnicas, individualizando o tratamento com o perfil do paciente, porém o procedimento mais freqüente são também as cirurgias do tipo mista (Capella), seguindo a tendência americana.

Cirurgia por videolaparoscopia
Todas as cirurgias de obesidade podem ser realizadas por 2 vias de acesso:
A) Acesso convencional, chamada “cirurgia com corte”.
B) Acesso videolaparoscópico, utilizando uma microcâmera operamos sem o corte convencional, apenas 6 cortes de cerca de 1 cm, o que possibilita recuperação mais rápida, retorno ao trabalho precoce e resultado estético melhor além de redução da incidência de hérnias.




O resultado em relação ao emagrecimento são semelhantes, independentemente da via de acesso. A videolaparoscopia tem as vantagens já mencionadas, no entanto necessita de aparato técnico superior, equipe mais qualificada, materiais cirúrgicos mais sofisticados, o que acarreta elevação dos custos cirúrgicos diretos.
Por outro lado custos indiretos são reduzidos, redução de curativos e cintas abdominais, menor inatividade e redução do prejuízo profissional, menor desgaste afetivo e auto estima por cicatrizes, redução de cirurgias plásticas e melhora de seus resultados, redução de hérnias (10% na cirurgia aberta) e reintervenções para corrigi-las.

Conheça o trato gastrointestinal



1 - Esôfago
2 - Abdômen
3 - Estômago
4 - Piloro
5 - Duodeno
6 - Jejuno
7 - Íleo
8 - Intestino grosso














 


FONTE:


http://www.doutorsalem.com.br/cirurgia.htm
Dr. Marcelo Salem - Especialista na Cirurgia da Obesidade
Mestre e Doutor pela Faculdade de Medicina da USP
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues 46, conj 21, 22 e 23
Vila Nova Conceição - Cep 04544-000 São Paulo - SP - Brasil
Tel: (11) 3849-0800

3 de set. de 2009

20 DIAS = -14,6kg

Pois então...


20 dias e 14,6kg a menos!

Nem acredito! Estou muito faceira!


Ontem fui ao meu médico para tirar os pontos. Ele disse que está tudo certo, graças a Deus.

Ele inclusive já me liberou para voltar ao trabalho... e isso é muito bom!!!!