6 de jul. de 2009

Minha Guerra contra as Balanças!


Obesidade é um problema crônico que não tem cura, mas que pode ser tratado. Existem pessoas que aceitam melhor o tratamento clínico, seguindo uma dieta alimentar e com atividade física. E, da mesma forma, existem pessoas que não têm uma melhora significativa seguindo o tratamento clínico. E, sabendo que me enquadro neste grupo, resolvi, enquanto aguardo pelos trâmites e burocracias para me sujeitar à cirurgia de redução de estômago (gastroplastia: técnica Fobi-Capella) estudar o tema obesidade mórbida e gastroplatia.

Pois é, como dá para perceber, eu sou uma dessas pessoas. Pois eu não me lembro de alguma vez na minha vida eu pensar que não precisasse emagrecer. Eu sempre fui mais “fofinha” – não gosto deste termo – e mesmo que tivesse emagrecido um pouco, sempre tinha de emagrecer um pouco mais.

A última vez que eu me senti legal (mesmo podendo emagrecer mais um pouco), eu pesava 70kg e tinha 19 anos. De lá pra cá, quase todas as segundas-feiras estavam prometidas para iniciar a dieta. Muitas delas eu até consegui cumprir, e foram tantas dietas, que eu nem me lembro mais: foi a da proteína, foi a da sopa, foi a dos líquidos, da fruta, já fui em vários médicos, nutricionistas, psicólogos, já tomei fenfluramina (acho que é assim que se escreve), fluoxetina, sibutramina, topiramato e até um que eu não sei o nome. E, se você pensa que isso trouxe o meu emagrecimento, você, lamentavelmente, está enganado. Aliás, hoje, ainda tenho vergonha de falar o meu peso. Mas você pode calcular: eu tenho IMC 45 e a minha altura é de 1,64m.
Ao longo da minha vida já ouvi inúmeros comentários e o que eu mais ouço é o de que “quando ela quer, ela emagrece”; outro: “Isso já é relaxamento”; mais um: “Tu és tão linda... por que tu não emagrece?” e assim vai...

A única coisa que nunca na minha vida eu pensei foi em fazer a cirurgia para redução do estômago. E isso porque eu pensava que só os casos extremos deveriam ser submetidos à cirurgia, que só aquelas pessoas muito gordas tinham que se operar para tratar a obesidade. Mas a verdade é que eu não me enxergava. Eu sempre pensei que eu não era gorda a ponto de ter de fazer a gastroplastia.

Só que um determinado dia eu estava assistindo a um programa de televisão e comecei a refletir sobre o assunto. E fazendo o cálculo do IMC caiu a ficha de que eu era uma daquelas pessoas muito gordas que eu via na televisão, das quais em pensava: “coitada(o)... olha só que horror!” Confesso que foi um choque, porque eu jamais me enxerguei assim, claro que eu tirava fotografia e via, mas nunca me aceitei e preferia pensar: “não, segunda-feira eu juro que vou começar a dieta”.

Mas não adiantava, a cada dieta prometida eram alguns quilos a mais que eu ganhava. Foi assim que eu decidi. No primeiro dia útil seguinte àquela data, entrei em contato com o Complexo Hospital da Santa Casa, aqui em Porto Alegre e agendei a minha primeira consulta com o meu médico, Dr. Natalino Rinaldi.

2 comentários:

  1. Olá Cíntia,

    Os meus parabéns por já ter procurado ajuda para resolver a sua "guerra" com a balança, pois isso já é meio caminho andado - é muito difícil tratar a obesidade sem um guia prévio inicial.
    Embora não seja 100% a favor das cirurgias de banda, balão, etc, espero de coração que tudo corra bem e você consiga alcançar o seu peso-objectivo!
    Fico torcendo!

    Excelente semana,
    Vanessa

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  2. Sabe o que é o engraçado desse seu depoimento???
    Parece que fui eu que escrevi contando o que já passei!
    É sempre assim né? A gente se ferra nos remédios pq emagrece um bocado e engorda o dobro!
    Beijinhos
    Fabíola

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