23 de set. de 2009

DEIXANDO A OBESOSFERA

Já ouviu falar em dieta da lua? e da sopa? da proteína? é, até que esta da proteína era boa: dava para comer carne, ovo, maionese, e o melhor: quanto mais se come, mais se emagrece! Eu particularmente já fiz a dieta encabeçada pelo Dr. Atkins, e o resultado é surpreendente: durante a dieta, uns 15kg off, e agora: uns 50kg acima do meu peso estimado!

Você por acaso se identificou com esta situação? Então certamente você também tem o seu guarda-roupas repleto de roupas que ainda não lhe servem... você já deve ter comprado aquela blusa da cor de burro quando foge, porque a cor da moda só tinha até o tamanho G. Provavelmente já xingou a máquina de secar roupas por ela estar encolhendo suas roupas. É possível que você já tenha tido um furo nas suas calças bem na altura do bumbum (eu ando com agulha e linha na bolsa), ou ainda, já deixou de ir a alguma festa com a desculpa de não ter roupa, mas quando na verdade o que você queria era não se expor.

Bom, se você se familiarizou com as situações, cumpre a mim lhe dizer: você já conhece a Obesosfera. A gente ri de situações, brinca, mas na verdade, o que a gente quer mesmo é poder esquecer o lado triste, tentando amenizar o nosso sofrimento.

Eu não acredito que exista um obeso mórbido que verdadeiramente se goste obeso mórbido: é falta de ar, dor nas pernas, dor nas costas, cansaço, às vezes diabetes, hipertensão... Aliás, eu também não gosto daquela frase pronta: “O Fulaninho só é gordo porque quer... é só ele querer e ele emagrece!”

Parando para pensar, para mim, viver na Obesosfera é como viver em uma ditadura. Tudo é proibido, e as regras são várias: café da manhã, lanche, almoço, lanches da tarde, jantar e ceia, além dos exercícios, tudo rigorosamente controlado, sob pena de engordar cada vez mais.

Acontece que o que hoje tem se noticiado muito na Obesosfera é uma debandada maciça deste regime ditatorial: hoje já se pode falar em uma espécie de asilo político perpétuo (ou parcialmente perpétuo). É claro que não se trata de nenhuma medida mágica e instantânea, mas de uma medida que já vem dando resultados encorajadores.

Estou falando aqui de uma técnica ainda muito jovem, mas que tem acabado com o sofrimento de muitas pessoas. Trata-se da cirurgia bariátrica ou gastroplastia, que consiste basicamente na redução da capacidade do estômago e na redução no comprimento do intestino. A sistemática é bastante simples, reduzindo-se a capacidade do estômago, a ingestão de alimentos é também significativamente menor, e, associado à redução do intestino, a absorção dos agentes engordativos dos alimentos torna-se muito menor, em face à redução.

Como visto, cientificamente, o passaporte ao asilo político está ficando cada vez mais ao nosso alcance. No entanto, estamos vivendo diante de uma guerra civil a favor dos exilandos: os planos de saúde e Estados têm cada vez mais tentando esquivar-se de seus compromissos, mas o que importa é que são muitos os nossos aliados, e, certamente, esta Guerra já está vencida.

11 de set. de 2009

FELIZ: OUTRA LIMINAR A NOSSO FAVOR :)))))

Pois então...
Gente, estou tão feliz!!!
Consegui mais uma liminar para que mais uma do nosso time possa se operar para reduzir o estômago!!!
Já é a terceira: a primeira foi eu, quase morri chorando de felicidade. A segunda foi da Vanessa: ela se operou ontem!! Hoje foi da Cíntia Oliveira: semana que vem o convênio já deve liberar a senha para ela se operar...
Ai, ai: parece que vai ser eu quem vai se operar de novo!!!
EU AMO A MEDICINA E A JUSTIÇA!!!

SELINHO DA FABI :))))

8 de set. de 2009

MODALIDADES DE CIRURGIAS DE REDUÇÃO DO ESTÔMAGO

Quais os tipos de cirurgia?



As cirurgias levam em conta 2 princípios básicos:
•Restringir o volume de alimento, reduzindo o tamanho do estômago.
•Diminuir a capacidade do intestino absorver o alimento já ingerido, reduzindo a extensão do intestino.

Desta forma realizamos 3 tipos de cirurgia:


1-Cirurgia restritiva
A chamada banda laparoscópica que é a colocação de um anel inflável e regulável de silicone ao redor da parte inicial do estômago, diminuindo sua capacidade (causa restrição gástrica).



Nesta cirurgia não ocorre “grampeamento do estômago ou redução do intestino”, apenas a colocação de um anel de restrição, inflável e regulável. É portanto a cirurgia mais rápida, mais simples e mais facilmente reversível.
No entanto algumas considerações são importantes: a cirurgia de Banda gástrica é a que possui menor reservatório gástrico (20-25 ml) e o anel mais estreito, portanto é o procedimento que necessita maior rigor no controle do volume ingerido.
Neste procedimento não há redução do intestino, portanto a absorção é normal e por isso necessitamos controle mais rigoroso da ingesta de doces e carboidratos, que em pequenos volumes trazem muitas calorias.
Desta forma este é o procedimento que necessita de maior controle alimentar após operar, tanto no volume como no conteúdo calórico ingerido, sendo a cirurgia que tradicionalmente causa mais vômitos e leva a emagrecimento menor (50-60% do excesso de peso).
Em relação ao anel, este está sujeito a deslocamentos para cima e para baixo ou migrações para dentro do estômago, estas complicações podem ocorrer em até 15% dos casos, ocasionando em 9% dos pacientes reoperações ao longo dos anos para reposicionamento, troca da Banda, ou conversão em outra cirurgia. É portanto o procedimento que apresenta a maior quantidade de complicações, apesar de com menor gravidade.
Resumindo, a cirurgia de Banda apesar de menos agressiva, mais reversível e regulável, emagrece cerca de 30% menos, necessita de controles mais freqüentes, sendo fundamental que o paciente seja bem selecionado e se adapte a comer poucos volumes e pouco doce, caso contrário, terá vômitos freqüentes ou emagrecimento insuficiente e terá que refazer ou desfazer sua cirurgia.


2-Cirurgia disabsortiva
Reduzem substancialmente a extensão do intestino funcionalmente ativo, diminuindo drásticamente sua capacidade de absorção. O estômago apesar de parcialmente ressecado não causa restrição (ex: técnica de Scopinaro e Duodenal Switch).


Neste procedimento apesar de retirarmos uma parte do estômago, este continua grande e não causa restrição ao volume ingerido. O paciente pode comer igual ou mais do que comia antes, inclusive alimentos calóricos. E como emagrecemos?
Nesta cirurgia ocorre redução radical do intestino, ou seja a comida só terá 50 cm de intestino para absorver. Não interessa o que comemos e o volume, a comida “passa reto” e não é absorvida adequadamente, e assim emagrecemos sem parar de comer.
No entanto a comida mal digerida tem alguns inconvenientes: causa mais diarréia (estes pacientes passam a evacuar 3-5 vezes por dia), flatulência com odor fétido, perda de vitaminas que necessitam de reposição mais cuidadosa.
Desta forma na cirurgia somente disabsortiva verificamos que apesar de não termos o inconveniente da sensação de restrição gástrica, causamos maior diarréia e flatulência além de perda acentuada de nutrientes e vitaminas devido ao encurtamento drástico do intestino.
Este paciente necessita de acompanhamento médico rigoroso e pode ter complicações nutricionais mais intensas, no entanto é um bom procedimento para pacientes que possuem compulsão acentuada para comer e não vão conseguir parar após a cirurgia.

3-Cirurgia mista (restritiva e disabsortiva)
Também chamada de “bypass” que associam a redução do reservatório gástrico, cortando-o, a diminuição menos acentuada da capacidade do intestino absorver todo o alimento, causam restrição gástrica + má absorção intestinal (ex: técnicas de Capella, Fobi e Wittgrove).

Estas cirurgias procuram o meio termo entre os procedimentos anteriores.
É a cirurgia que alguns chamam de “grampear o estômago” e no Brasil é a técnica mais utilizada e conhecida como cirurgia de Capella.
O reservatório gástrico fica em torno de 50 ml, mais que o dobro da Banda, e o anel é mais largo, sendo assim o paciente vomita menos.
Neste procedimento o encurtamento do intestino é bem menos radical, causando redução da absorção porém diminuindo a incidência de flatulência, diarréia e carência de nutrientes.
Desta forma o paciente tem a sensação de saciedade precoce, como na Banda, aliada a redução da absorção intestinal.
Não é como na cirurgia disabsortiva na qual o paciente pode comer de tudo. Neste procedimento o paciente precisa colaborar, reduzindo o volume das alimentações e principalmente reduzindo a quantidade de carboidratos e as “beliscadas” durante o dia, porém o nível de exigência é menos rigoroso que no caso da Banda e o emagrecimento é superior (80-90% do excesso de peso).
Na Europa diversos cirurgiões utilizam os 3 métodos e demonstram resultados comparáveis entre a Banda e as outras, com mais simplicidade e menor risco para a primeira.
No entanto os estudos nos EUA não conseguiram obter os mesmos resultados com a Banda, os pacientes perderam menos peso, vários precisaram ser reoperados (10%) e retirar ou reposicionar o anel por alguma complicação.
Permanece nos EUA a gastroplastia com “bypass”, cirurgia mista, como a cirurgia mais utilizada na obesidade mórbida.
No Brasil têm-se utilizado todas as 3 técnicas, individualizando o tratamento com o perfil do paciente, porém o procedimento mais freqüente são também as cirurgias do tipo mista (Capella), seguindo a tendência americana.

Cirurgia por videolaparoscopia
Todas as cirurgias de obesidade podem ser realizadas por 2 vias de acesso:
A) Acesso convencional, chamada “cirurgia com corte”.
B) Acesso videolaparoscópico, utilizando uma microcâmera operamos sem o corte convencional, apenas 6 cortes de cerca de 1 cm, o que possibilita recuperação mais rápida, retorno ao trabalho precoce e resultado estético melhor além de redução da incidência de hérnias.




O resultado em relação ao emagrecimento são semelhantes, independentemente da via de acesso. A videolaparoscopia tem as vantagens já mencionadas, no entanto necessita de aparato técnico superior, equipe mais qualificada, materiais cirúrgicos mais sofisticados, o que acarreta elevação dos custos cirúrgicos diretos.
Por outro lado custos indiretos são reduzidos, redução de curativos e cintas abdominais, menor inatividade e redução do prejuízo profissional, menor desgaste afetivo e auto estima por cicatrizes, redução de cirurgias plásticas e melhora de seus resultados, redução de hérnias (10% na cirurgia aberta) e reintervenções para corrigi-las.

Conheça o trato gastrointestinal



1 - Esôfago
2 - Abdômen
3 - Estômago
4 - Piloro
5 - Duodeno
6 - Jejuno
7 - Íleo
8 - Intestino grosso














 


FONTE:


http://www.doutorsalem.com.br/cirurgia.htm
Dr. Marcelo Salem - Especialista na Cirurgia da Obesidade
Mestre e Doutor pela Faculdade de Medicina da USP
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues 46, conj 21, 22 e 23
Vila Nova Conceição - Cep 04544-000 São Paulo - SP - Brasil
Tel: (11) 3849-0800

3 de set. de 2009

20 DIAS = -14,6kg

Pois então...


20 dias e 14,6kg a menos!

Nem acredito! Estou muito faceira!


Ontem fui ao meu médico para tirar os pontos. Ele disse que está tudo certo, graças a Deus.

Ele inclusive já me liberou para voltar ao trabalho... e isso é muito bom!!!!


31 de ago. de 2009

DIETA LÍQUIDA PÓS BARIÁTRICA

Pois então...


Como já havia comentado, são 2 dias sem absolutamente nada na boca, só escova de dentes.

Eu, particularmente, não senti muita sede, pois estava bem nutrida com o soro que a gente fica recebendo neste período, mas acontece que estava fazendo frio naqueles dias, e acho que foi por isso que não sofri muito. No entanto, há gente que reclama muito da sede. Então vou dar aqui algumas dicas:


- fale pouco;

- se tiver ar condicionado ou ventilador, acione-os;

- molhe bastante a boca com água, mas cuide para não bebê-la, pois tu poderá botar tudo a perder; e

- lembre-se sempre: esta cirurgia é uma decisão tua e a cada obstáculo superado, a alimentação será lentamente acrescidas de melhorias. Ah, e o principal: A BALANÇA VAI TE RECOMPENSAR!


DIETA LÍQUIDA PÓS GASTROPLASTIA:

Você deve saber que o seu estômago foi bruscamente reduzido a uma medida de aproximadamente 7x3cm. Isso quer dizer que quase nada cabe ali dentro. E, considerando ainda que ele está todo "costurado" tudo o que for excesso poderá influenciar inclusive na sua vida!

É por este fato que a orientação dos 2 primeiros dias é NPO (NADA). Já no 3° dia, começa-se acrescentar água, sendo nesta fase apenas 30ml de água a cada hora, sendo que ela deve ser degustada lentamente.

No 4.° dia, o volume é um pouco maior: são 50ml de água a cada hora. E, no 5.° dia, a dieta já é bem melhor: a cada hora podemos acrescentar sucos naturais, de getatina, chazinho e no almoço e janta um consumê de 50ml de caldinho de canja, e nos intervalos, temos de beber mais 50ml de água. Nesta fase, a água, que era a coisa mais esperada, já se torna um inconveniente, porque ficamos desejando apenas os caldinhos e suquinhos.

EM CASA:

- Mais 15 dias de dieta líquida. Exemplo:

8 horas: 50ml suco natural de frutas + 50ml de água

9 horas: 50ml de Gatorade com 1 col. de sopa de proteína + 50ml de água

10 horas: 50ml de suco de gelatina + 50ml de água

11 horas: 50 ml de suco natural de futa + 50ml de água

12 horas: 50ml de caldo de feijão coado + 50ml de água

13 horas: 50ml de sopa de legumes com carne liquidificada e peneirada + 50ml de água

14 horas: 50ml de chá de erva-doce + 50ml de água

15 horas: 50ml de suco natural de fruta + 50ml de água

16 horas: 50ml de Gatorade com 1 col. de sopa de proteína + 50ml de água

17 horas: 50ml de suco de gelatina + 50ml de água

18 horas: 50 ml de suco natural de fruta + 50ml de água

19 horas: 50ml de caldo de feijão coado + 50ml de água

20 horas: 50ml de sopa de legumes com carne liquidificada e peneirada + 50ml de água

21 horas: 50ml de suco de gelatina + 50ml de água

22 horas: 50ml de leite fermentado tipo Yakulti + 50ml de água

23 horas: 50ml de chá de erva cidreira

A primeira vista, parece simples: MAS NÃO É!

- comer de hora em hora
- preparar os sucos naturais na hora de servir
Então lá vai a dica:

- preparar uma quantidade razoável de sopa e feijão ou lentilha (não muito pq enjoa) e condicionar em pequenos potinhos, congelando-os e separando por dia;

- preparar uma pequena quantidade de suco de gelatina e chá (para ser consumido durante o dia)

- adquirir um equipamento chamado de CENTRÍFUGA DE ALIMENTOS para o preparo do suco na hora, fica M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O !!!


Ah! Lembre de comprar um copinho de 50ml, tipo aqueles de cachaça, pois pra mim dá mais prazer de beber. Porque um copo com um dedinho de sopa para almoço, ninguém merece!

DIETA DO PRÉ-OPERATÓRIO

Pois então...

Amanhã, dia 01/09/2009 tenho agendada a minha primeira consulta com a minha nutricionista depois que recebi alta hospitalar. E, como não sou diferente de ninguém, estou super ansiosa para mudar a minha dieta.

Por isso, já quis ir me antecipando, e passei a procurar pessoas que já tivessem passado pela dieta pastosa. Então me deu uma idéia: compartilhar esta fase de adaptação.

Então aqui vai a dieta do PRÉ-OPERATÓRIO:

- DURANTE OS TRÊS DIAS QUE ANTECEDEM A CIRURGIA:
* DIETA LÍQUIDA


8 horas: 200ml de leite desnatado com café e adoçamte

10 horas: 200ml de suco natural de fruta

12 horas: 200ml de caldo de feijão ou lentilha peneirado

14 horas: 200ml de sopinha rala de legumes com cane magra liquidificada e peneirada

16 horas: 200ml de suco de fruta natural

18 horas: 200ml de iogurte light

20 horas: 200ml de sopinha rala de legumes com cane magra liquidificada e peneirada

22 horas: 200ml de caldo de feijão ou lentilha peneirado


- NAS 12 HORAS QUE ANTECEDEM A CIRURGIA ESTÁ PROIBIDA A INGESTÃO DE QUALQUER COISA, INCLUSIVE ÁGUA!!!


dica:
Pelo menos nos 3 primeiros dias após a cirurgia, a orientação é NPO, ou seja, nada por via oral, nem água nem nada! Por isso, aproveita para beber bastante água neste pré, porque mais adiante ela irá fazer MUITA FALTA. Outra coisa boa, e inclusive parece saciar um pouco mais a sede é o gatorad (mas só é indicado para não diabéticos).